sábado, 1 de janeiro de 2011

Fumando a vida

Escreve e reflecte sobre a ponta do cigarro.
As cinzas vão-no consumindo à medida que o relógio faz avançar o tempo. Em pequenos tragos vai-se apagando, Camel esbatido no cinzeiro de pedra. Ornato das madeiras construídas, é-lhe dado o uso devido para matar o tédio e inspirar as mentes.
O gélido ar corrói as suas mãos, quase as impedindo de dar lume à chama atenta. Sombreando a divisão, o fumo cresce em espiral, qual nublado. Testa franzida, olhar semi-cerrado, leva-o aos seus lábios que o sorvem até ao limite.
Beata amachucada, caída no fundo.

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