quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

(H)ora aqui, (h)ora ali

O ponteiro mais miúdo apontava para o segundo numeral cardinal. O graúdo ameaçava ao de leve o oitavo ordinal da escala ascendente.     
No azul turquesa do mineral quartzo, cravado nas horas, uma flecha flutuante dava a volta à circunferência.  
A bracelete pincelada num padrão axadrezado enrolava o pulso num beijo selado pela fivela prateada.            
O mostrador envolto em mil microscópicos diamantes, pousava elegante à espera de ser revisitado vezes e vezes e vezes seguidas…         

Estranho, o tempo… imenso ainda que não eterno e todo reduzido a um vulgar e singular objecto.     
Controlado pelo olhar e esperado sem se contar que avance…               

Um dia quebro aquele relógio...